A pernambucana Marina Teixeira passou dois anos na
Irlanda, a princípio ela foi estudar em Dublin, onde estudou por seis meses e
morou por mais dois, então ela achou uma vaga de au pair em Galway, e sua vida
mudou completamente.
Vista do rio Corrib em Galway
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Meus primeiros meses na Irlanda foram muito similares aos da maioria dos
brasileiros, cheguei a Dublin em julho de 2010, tinha acabado a faculdade de
Letras no Brasil, deixei o emprego como professora em uma escola de idiomas e
vim com a cara e a coragem, a princípio para ficar por um ano, talvez seis
meses dependendo de como seria arranjar trabalho e tal.
Os seis primeiros meses foram naquela vida, ir a aula, a algumas festas
de vez em quando, passear no parque com os amigos e fazer aquelas pequenas
viagens pelo país. Fui a Cork, Belfast e Galway.
Já no segundo mês comecei a procurar trabalho como au pair para
economizar com moradia e comida, meu inglês era intermediário, mas com dois
meses já era upper (entre o intermediário e o avançado). Procurei, procurei e
nada, fui a umas cinco entrevistas para au pair e nada. Ai comecei a tentar
outras vagas, como waitress
(garçonete) ou deli (fazendo
sanduíches), mais entrevistas e nada.
O dinheiro estava começando a ficar escasso e comecei a pensar que o
intercâmbio acabaria no fim do curso. Consegui um freela nesse meio tempo trabalhando no Temple Bar convidando as
pessoas para comer num pub (The Quay’s), o dinheiro era pouco, mas deu pra ir
ficando por mais uns meses. E eu voltei a mandar CVs para au pair (pra tudo na
verdade).
Um dia, já estava de férias da escola, ou seja, tinha terminado o curso,
recebi uma resposta de uma família de Galway. Era um casal jovem com um bebê de
3 meses e uma menininha de 2 anos. Eu não queria muito sair de Dublin, já tinha
meus amigos aqui, mas no fim pensei “O que tenho a perder? Posso visitar os
amigos nos fins de semana.” E eu tinha achado Galway uma cidade super charmosa.
Resolvi responder o e-mail e ir visitar a família.
Nos demos muito bem e em uma semana estava de volta a Galway, dessa vez
de mala e cuia, pronta para o trabalho. As crianças eram uns amores e super
tranqüilas, o casal também. O contrato era para seis meses, eu ficaria os quatro
que ainda tinha e mais dois como turista.
Com três meses, e perto do fim do meu visto, a família me ofereceu pagar
um curso para mim, assim poderia renovar e ficar mais um ano. Não pensei duas
vezes e aceitei! Meu inglês ficou maravilhoso nesse tempo em que trabalhei com
eles. Também viajei com eles para Londres e Berlin.
Infelizmente tinha que voltar ao Brasil, rever a família (o que foi
ótimo!), retomar a carreira. Depois de um ano e quatro meses me despedi da
minha amada família irlandesa. Mas espero voltar em breve para visitá-los. Eles
disseram que estarão me esperando.
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