Um manuscrito em latim, contendo
quatro Evangelhos do Novo Testamento (Mateus, Marcos, Lucas e João), o Livro de
Kells foi criado por monges celtas em 800, ou pouco antes ainda. O texto dos
Evangelhos é em grande parte desenhada, mas também inclui várias passagens
extraídas das versões anteriores da Bíblia. Considerado o melhor tesouro
nacional da Irlanda, ele é uma obra-prima e representa o auge da Iluminação
Insular – estilo de arte produzido na Grã-Bretanha e Irlanda.
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Figuras de seres humanos, animais
e bestas míticas, nós celtas e padrões de entrelaçamento em cores vibrantes
decoram as páginas do manuscrito que contém 340 fólios (páginas de um
manuscrito). As páginas são de pele de bezerro e as letras, em tinta
(roxo-preto / castanho-preto) feita através de sais de ferro e ácidos tânicos a
partir de fontes vegetais.
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O livro recebe esse nome a partir
da Abadia de Kells (Co. Meath), que foi seu lar durante séculos e hoje,
encontra-se em exposição permanente na Biblioteca do Trinity College.
A Abadia de Kells foi saqueada
diversas vezes pelos vikings no século 10, e como o manuscrito sobreviveu a
isso, ninguém sabe. Há uma referência a qual diz que o livro foi roubado e
recuperado poucos meses depois, porém, sem sua cobertura de ouro e jóias. Isso
pode ser o motivo da falta de alguns fólios no começo e fim do livro.
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O manuscrito permaneceu em Kells
até 1654, quando a cavalaria de Cromwell foi esquartejada na igreja e então, o
governador da cidade decidiu mandar o livro para Dublin, para sua proteção.
Henry Jones, que mais tarde de tornou bispo de Meath, apresentou o manuscrito
para o Trinity College em 1661, onde permaneceu desde então.
Ao longo dos anos, o Livro de
Kells recebeu várias adições ao seu texto, como algarismos romanos numerando os
capítulos dos Evangelhos e numeração das páginas. E por várias vezes, ele teve
de ser restaurado. No final dos anos 1920, vários fólios foram separados do
volume principal e em 1953 o encadernador Roger Powell o restaurou em quatro
volumes.
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O livro foi enviado apenas quatro
vezes para exposições no exterior, sendo que em 2000, o volume que contém o
Evangelho de Marcos foi enviado para Canberra, na Austrália, para uma exposição
de manuscritos iluminados, e acabou sofrendo o chamado “danos de pigmento”.
A visita pode ser feita de
segunda a sábado, das 9h30 às 17h. Aos domingos, das 12h às 16h30 (outubro a
abril) e das 9h30 às 16h30(maio a setembro) e o valor é 9 euros adulto e 8
euros estudante. Se preferir uma visita guiada, o valor é 10 euros.
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